“Preciso comprar cuecas”. Esta frase pronunciada em um domingo qualquer soa para alguns como um exercício contemplativo/ analítico de si.
Comprando cuecas, pois a elasticidade de algumas já foi perdida. Muitas delas já perderam a cor e o seu tecido já não é tão confortável assim, pois a rotina de uso e lavagens fez o tecido ficar imprestável.
Comprar cuecas é um exercício interessante, pois você faz uma escolha interessada sobre aquilo que você vai usar por debaixo da roupa. Quase uma segunda pele, que o interessado deve escolher a dedo. Muitos não se preocupam com isso. Pegam de olhos fechados ou deixam essa tarefa para suas mães/namoradas/esposas.
Comprar cuecas. Renovar parcialmente o guarda-roupa íntimo. Colocar novas cores, novos tons. Novos tecidos. Escolher aquela mais colorida, ou acabar optando por uma mais sóbria. De preferência entre o preto e o branco. Alguns preferem as tradicionais, seja a de “copinho” ou a “samba canção”. Os moderninhos gostam das “boxers”.
Renovar as opções marca o exercício de renovar as intenções sobre o que fazer com elas. Agradar alguém? Fazer alguma surpresa? Ser prático? Prezar pelo conforto? O que fazer?
No final das contas, talvez seja melhor não usá-las: muita gente não se pergunta a motivação real de usar uma roupa por baixo de outra. Seria bem mais simples não precisar formular tantas perguntas quando o assunto é pura e simplesmente uma cueca.
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