Com quase dois meses de atraso posto um pouco daquilo que foi feito em minha defesa de mestrado. Aproveito para agradecer aos que compareceram e aos professores que participaram da banca. A seguir vão as últimas palavras proferidas durante a defesa pública que aconteceu no dia 15 de fevereiro no CCHLA.
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... A idéia do poder sobre a vida está em constante construção. Seu projeto se estrutura a partir de um movimento continuado, que se desloca e se mistura captando mudanças e características das mais diversas. Devir-serpente é aquilo de mais apropriado sobre ele: circula, sorrateiramente, espreitando os movimentos e o mínimo impacto que se possa fazer. Seu alcance se confunde com outros processos ligados a vida de forma geral. Novas formas de se ver e ver o outro; possibilidades de ascensão e controle da vida. Este cenário não se limita a vigilância sanitária. O fenômeno da vigilância como algo comum na vida das pessoas hoje é só um dos pontos que se pode elencar sobre uma vida cartografada por movimentos de territorialização/ desterritorialização. Poderíamos citar diversos outros fenômenos que estão funcionando neste momento. Da seguridade social à genética; das leis contra a mendicância as que são contra o consumo de cigarros em locais públicos. Encontrar tais características é mais do que evidenciar um processo de mutação. É perceber como tudo isso está presente em nosso meio. Nas vidas, nos modos de subjetivação, nas técnicas de controle. Finalmente, nas formas mais complexas de experiência vital.
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Aproveito para fazer um agradecimento especial a professora Diraci Vieira e as coordenações dos cursos de Fisioterapia, Biomedicina e Odontologia da FIP, que me convidaram para proferir uma palestra sobre Biopoder e Biopolítica, ocorrida na última segunda-feira em Patos. Obrigado pela hospitalidade!